de Senna M. M., de Reis M. M., Ferreira M. M. C., Scarmínio I. S., Collins C. H. “Deconvolução de Espectros de Espécies de Cr(VI) Utilizando “Self Modeling Curve Resolution”” ["Spectral deconvolution of Cr(VI) species using "Self Modeling Curve Resolution""]. Poços de Caldas, MG, 24-27/05/1997: 20a Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química - Química: Academia, Indústria, Sociedade [20th Annual Meeting of the Brazilian Chemical Society - Chemistry: Academy, Industry, Society], Livro de Resumos [Book of Abstracts], 3 (1997) QA-005. Poster QA-005.
DECONVOLUÇÃO
DE ESPECTROS DE ESPÉCIES DE Cr(VI)
UTILIZANDO
"SELF MODELING CURVE RESOLUTION"
Marcelo M. de Sena1
(PQ), Marlon M. dos Reis1 (PG), Márcia
M. C. Ferreira1 (PQ),
Ieda
S. Scarminio2
(PQ) e Carlo H. Collins1 (PQ)
1Instituto
de Química - UNICAMP 2Departamento
de Química - CCE - UEL
palavras-chave: espécies
de Cr(VI), deconvolução de espectros, quimiometria
O objetivo deste trabalho é
a aplicação do método "Self
Modeling Curve
Resolution" (SMCR)
para a deconvolução de espectros de misturas de espécies
de
Cr(VI) em solução
aquosa. É importante notar que este é
um equilibrio complexo e
que não é
possível separar as espécies umas das outras, sendo
portanto impossível
obter um conjunto de calibração.
Estes resultados serão comparados com os obtidos
pela Análise
do Modo Q de Imbrie seguida
de Projeção Obliqua de
Imbrie,
combinada com o Método
da Matriz K*.
O problema da determinação de
duas funções contínuas a
partir de um
conjunto de
misturas aditivas destas mesmas funções
é encontrado em dados
cromatográficos e
espectroscópicos. Na aplicação
à espectrofotometria o método
assume as
seguintes condições: concentração
e espectros não negativos,
aditividade dos
espectros puros (Lei de Beer), ausência
de pontos de onde os
espectros sejam simultaneamente
iguais a zero e existência de dois
comprimentos
de onda onde apenas uma
das substâncias absorve (as chamadas variáveis
puras).
Através de
uma Análise de Componentes Principais
(PCA), o SMCR permite a
obtenção dos
espectros puros e dos perfis de concentrações das espécies.
Deve-se
ressaltar que por ser auto-modelante,
o método não parte de nenhuma suposição
a
respeito da forma dos picos.
Foi preparado um conjunto de soluções a partir de K2Cr2O7
p.a. purificado, de
[Cr(VI)] = 3,3.10-4
mol/L. O conjunto de 19 soluções
foi dividido em duas partes. Na
primeira parte, foram preparadas
12 soluções com o pH variando entre 1 e 12
(controlado com HClO4
ou NaOH) e a força iônica controlada
em 0,5 mol/L (com
NaClO4).
Na segunda parte foram preparadas 7 soluções com [H+]
variando entre 6,0
e 0,5 mol/L
(pH entre -0,8 e 0,3), sem controle de força iônica.
Os espectros foram
registrados em um
espectrofotômetro UV/visível HP 8452A
com arranjo de diodos,
entre 230 e 460 nm, em 116
comprimentos de onda igualmente espaçados.
Os espectros foram divididos em dois grupos: o primeiro contendo
9 soluções,
entre pHs -0,8 ([H+]
= 6 M) e 2,0; o segundo contendo 10 soluções, entre
pHs 3,0 e
11,6. Essa divisão
foi feita com base nos resultados da Análise de Fatores
do Modo
Q de Imbrie*, procurando
separar dois grupos em que somente duas espécies estão
presentes, já
que o SMCR é capaz de separar apenas misturas de 2 componentes.
Os resultados forneceram
3 espectros, associados às espécies H2CrO4,
HCrO4- e
CrO42-.
Os espectros obtidos pelo SMCR e pela Análise de Fatores do Modo
Q foram
praticamente idênticos
(a diferença entre os comprimentos de onda de absorção
dos
picos foi de no máximo
2 nm, que é a resolução do
aparelho). As distribuições das
espécies
em função do pH obtidos
nos dois métodos também
foram muito
semelhantes. A vantagem
de se utilizar SMCR está no fato de
este não requerer
qualquer tipo
de rotação dos componentes
principais, evitando assim algoritmos
iterativos.
Nas figuras abaixo são mostrados o conjunto original de
espectros problemas
e os espectros deconvoluídos
fornecidos pelo SMCR.
*Sena, M. M. et al.; Livro de Resumos,
QA-094, 19a R. A. da SBQ, 1996.
Sena, M. M.; Disertação
de Mestrado, UNICAMP, 1996.
[CNPq]
SPECTRAL
DECONVOLUTION OF Cr(VI) SPECIES USING
"SELF
MODELING CURVE RESOLUTION"
Marcelo M. de Sena1
(PQ), Marlon M. dos Reis1 (PG), Márcia
M. C. Ferreira1 (PQ),
Ieda
S. Scarminio2
(PQ) e Carlo H. Collins1 (PQ)
1Instituto
de Química - UNICAMP 2Departamento
de Química - CCE - UEL
key-words: Cr(VI) species,
spectral deconvolution, chemometrics
The purpose of this work is to
apply the method of "Self Modeling
Curve
Resolution" (SMCR)
for deconvolution of spectra of the mixture of Cr(VI)
species in
aqueous solution.
It is important to note that this is a complex equilibrium
and that it
is impossible to separate
the species, meaning that no calibration set can be obtained.
These results will be compared
with those obtained from the Imbrie's Q-Mode Analysis
followed by the Imbrie's
Oblique Projection in combination with the K*-Matrix Method.
The problem of determination of two continuous functions
for a set of additive
mixtures of
the same functions can
be encountered in chromatographic
and
spectroscopic data.
This method is applied in spectrophotometry under the following
conditions:
concentrations and spectra are non-negative, additivity
of pure spectra
(Beer's law), the absence
of wave points must be equal to zero in all spectra, and
the
existence of
two wavelengths at which only one species
absorbs (so-called pure
variables).
By using Principal Component Analysis (PCA),
SMCR provides pure
spectra and concentration
profiles of the species. It is
important to note that the
method, beucase
of its self-modeling property, does not begin with
any assumption
about the peak forms.
A set of solutions was prepared from
purified K2Cr2O7
p.a., with [Cr(VI)] =
3,3.10-4
mol/L. The set had 19 solutions and wasdivided
into two parts. In one part,
12 solutions were prepared
with pH from 1 to 12 (controlled with HClO4
or NaOH),
whilst the ionic
strength was controlled at 0.5 mol/L (using NaClO4).
The other set
had 7 solutions with
[H+] from 6.0 to
0.5 mol/L (pH between -0.8 and 0.3), withouth
an ionic force control.
The spectra were recorded by a spectrophotometer UV/visible
HP 8452A
with diode arrangement, between 230
and 460 nm, and with 116
equidistant wavelengths.
The spectra were divided into two groups: one containing 9 solutions,
with pHs
-0.8 ([H+]
= 6 M) and 2.0; and the other with 10 solutions and pHs
between 3.0 and
11.6. This division
was made according to the results from
the Imbrie's Q-Mode
Factor Analysis, with
aim to separate the two groups so that only two species
would
be present because SMCR
can separate only two-component mixtures. Three spectra
were obtained as these results,
attributed to the species H2CrO4,
HCrO4- and CrO42-.
The spectra from
SMCR and Q-Mode Factor Analysis were practically identical
(the
difference between the peaks
of the absorbtion wavelengths was at most 2 nm, what
is the equipment
resolution). The distribution of species
as a function of pH was
similar in both methods.
Advantage to use SMCR is based on the fact that the method
does not need any rotation
of principal components, thus avoiding iterative algorithms.
The pictures below illustrate the original
set of problems spectra and the
deconvoluted spectra by
using SMCR.
*Sena, M. M. et al.; Livro de Resumos,
QA-094, 19a R. A. da SBQ, 1996.
Sena, M. M.; Disertação
de Mestrado, UNICAMP, 1996.
[CNPq]