Custódio A. R., Marcucci M. C., Ferreira M. M. C., “Ocorrência de Vários Compostos fenólicos em Amostras de Própolis de Diferentes Regiões geográficas no Brasil” ["Occurrence of various phenolic compounds in propolis samples from different geographical regions of Brasil"]. Poços de Caldas, MG, 24-27/05/1997: 20a Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química - Química: Academia, Indústria, Sociedade [20th Annual Meeting of the Brazilian Chemical Society - Chemistry: Academy, Industry, Society], Livro de Resumos [Book of Abstracts], 3 (1997) QA-117. Poster QA-117.
OCORRÊNCIA
DE VÁRIOS COMPOSTOS FENÓLICOS EM
AMOSTRAS
DE PRÓPOLIS DE DIFERENTES
REGIÕES
GEOGRÁFICAS NO BRASIL
1Maria Cristina Marcucci (PQ), 2Angela R. Custodio (PQ), 3Márcia M. C. Ferreira (PQ)
1Laboratório
de Química Biológica, Instituto de Química da UNICAMP,
C. P. 6154,
cep 13083-970, Campinas,
SP e Fac. de Eng. de Alimentos, UNIMES, Santos, SP,
e-mail: marcucci@iqm.unicamp.br,
2Universidade
São Francisco - FCF, Av. Fco.
de Assis, 218, Cep 12900-000,
Bragança Paulista, SP, 3Departamento
de Físico-
Química,
Instituto de Química da UNICAMP
palavras-chave: própolis,
separação cromatográfica, análise multivariada.
Introdução:
A própolis, uma resina bastante aromática, é
coletada pelas abelhas a partir
de brotos e
exsudatos de árvores e modificada na colméia pela adição
de secreções
salivares e
cera. Existem inúmeros relatos da
literatura mencionando as suas
propriedades, a saber:
antimicrobiana, antitumoral, cicatrizante, imunoestimuladora,
etc... [1]. A
sua composição química é
bastante complexa, tendo sido identificados
mais de cem compostos
em uma só amostra, como por
ex., terpenóides, álcoois,
fenóis, aldeídos,
cetonas e ésteres. Bankova et
al. [2], estudando amostras de
própolis coletadas
de dez regiões diferentes na Bulgária
mostrou que a origem
vegetal de todas
elas foi a mesma. Em uma comparação destes resultados
com os
de estudos prévios
sobre brotos de árvores, concluiram que as secreções
resinosas
de brotos de choupo preto
(Populus nigra) poderiam ser utilizadas como base
para
estabelecer um padrão
para a própolis daquele país. No
Brasil, como temos uma
vasta variedade
na vegetação, a própolis fica muito
rica, e por isso torna-se mais
dificil de padronizá-la.
Objetivos:
Estabelecer uma correlação
entre a procedência vegetal
e a origem
geográfica
das amostras e a presença ou não
das substâncias identificadas nas
mais diversas amostras.
Metodos:
Foram analisadas for CLAE 108 amostras de própolis
de diferentes regiões
geográficas e botânicas
do Brasil. 150 mg da resina foram solubilizados em 5
ml de
metanol a quente, filtrado
e utilizados posteriormente. A concentração injetada
foi de
30 mg/ml, nas seguintes
condições: coluna em fase reversa Lichrochart
100 RP-18
(12,5 x 4,0 cm, diâmetro
de particula de 5 mm)
utilizando-se como fase móvel água-
ácido fórmico
(95:5) e metanol, num sistema de gradiente, comparando-se
os picos
majoritários
na CLAE, foram isolados
e identificados utilizando-se
técnicas
clássicas de fitoquímica.
Tanto os compostos conhecidos como os desconhecidos,
foram quantificados
nas diferentes amostras. Em seguida, fez-se
um tratamento
dos dados através
do método quimiométrico de análise
de componentes principais-
PCA.
Resultados:
Foram identificados e quantificados os seguintes
compostos nas diferentes
amostras: ácidos
cafeico (Caf), p-cumárico (p-C), ferúlico
(Fer), e derivados: do
ácido cafeico
(Caf1, Caf2), do ácido p-cumárico
(p-C1, p-C2, p-C3, p-C4, p-C5, p-
C6), pinobanksina
(Pink), um derivado de
canferol (Conf) e os compostos
desconhecidos: B, C, D,
E e F.
Os dados tratados consistem de 40 amostras,
tendo como variáveis os
compostos acima identificados.
A análise das componentes principais
indica que
existe uma separação
evidente entre as amostras procedentes da
região sul e
suldeste (como indicado
por PC2). As amostras do sul (RC, SC e PR) caracterizam-
se por um alto teor dos
compostos C e F e pela ausência do derivado
de canferol
(exeto 4
amostras que apresentam um alto
teor do derivado de canferol).
Enquanto que as do sudeste
(SP, MG e RJ) de caracterizam por apresentar uma alta
concentração
de derivado de canferol e ausência
dos compostos C e F. As
amostras da
região sul estão divididas
em dois sub-grupos: um contendo alta
concentração
do composto D (sub-grupo I) e outro com baixa
(sub-grupo II), como
indicado por PC1.
As amostras que não estão nos respectivos grupos
apresentam
em comum a vegetação,
ou seja, são todas provenientes da Mata silvestre.
Bibliografia:
[1]
Marcucci, M. C. (1995) Apidologie 26, 83-99.
[2]
Bankova, V.; Kujumgiev, A.; Ignatova, A.; Dyulgerov, A.; Pureb, O.;
Zamjansan, Z. (1989) Proc. Vth Int.
Conf. Chem. Biotechnol. Active Nat. Prod., 18-
23 sept., Varna, Bulgaria, vol. 2, 239-243.
[FAPESP,CNPq]
OCCURRENCE
OF VARIOUS PHENOLIC COMPOUNDS IN
PROPOLIS
SAMPLES FROM DIFFERENT
GEOGRAFICAL
REGIONS OF BRASIL
1Maria Cristina Marcucci (PQ), 2Angela R. Custodio (PQ), 3Márcia M. C. Ferreira (PQ)
1Laboratório
de Química Biológica, Instituto de Química da UNICAMP,
C. P. 6154,
cep 13083-970, Campinas,
SP e Fac. de Eng. de Alimentos, UNIMES, Santos, SP,
e-mail: marcucci@iqm.unicamp.br,
2Universidade
São Francisco - FCF, Av. Fco.
de Assis, 218, Cep 12900-000,
Bragança Paulista, SP, 3Departamento
de Físico-
Química,
Instituto de Química da UNICAMP
key-words: propolis, chromatographic
separation, multivariate analysis.
Introduction:
Propolis is a rather aromatic resin which is collected by bees from
buds and tree
exudates and modified
in beehives by adding salive secretions and
wax. There are
numerous literature
reports about propolis properties:
antimicrobian, antitumoral,
wound healing, immunostimulating
etc... [1]. Propolic chemical composition
is rather
complex, with more than
hundred compounds in a sample, as for example
terpenoids,
alcohols, phenols,
aldehydes, ketones and esters. Bankova et
al. [2] have studied
propolis samples
from ten different regions of Bulgaria,
showing that the vegetal
origion in all
of them was the same. The authors compared these
results with results
from a previous study
on tree buds, concluding that the resin secretions from
buds of
black poplar (Populus
nigra) could be used to make propolis standard for their
country.
In Brazil, because of
vast variety of vegetation, propolis varies a lot
too, what makes
difficult to standardize
it.
Objectives:
To establish correlation between
vegetal/geographical origins of samples
and the presence/absence
of substances identified in different samples.
Methods:
108 propolis samples from different geographical regions of Brazil were
analyzed
by CLAE. 150 mg of resin
was dissolved in 5 ml in hot methanol, filtrated and then used.
The injected concentration
was 30 mg/ml, under the following conditions: Lichrochart
100-RP-18 reverse-phase
column (12.5 x 4.0 cm, particle diameter 5 mm)
with water-
formic acid (95:5)
and methanol as the mobile phase, in a gradient system
where the
majority CLAE
peaks were compared. The compounds were isolated
and identified
by using classical phytochemical
techniques. Both known and unknown compounds
were quantified
in different samples. After that, data
analysis was carried out by
using the chemometric method
of principal component analysis.
Results:
The following compound in different sampels
were identified and quantified:
caffeic acid (Caf),
p-cumaric acid (p-C), ferulic acid (Fer),
caffeic acid derivatives
(Caf1, Caf2),
p-cumaric acid derivatives (p-C1,
p-C2, p-C3, p-C4, p-C5, p-C6),
pinobanksin (Pink),
a canferol derivative (Conf), and unknown
compounds B, C, D,
E and F.
The analyze data are for 40 samples, whilst
the variables corresponds to the
identified compounds.
Principal component analysis shows
that there is an
obvious separation between
samples from the South and Southeast
regions (as is
shown by PC2). The
samples from the South (RC, SC and PR) are characterized
by
high contents of compounds
C and F and the absence of the canferol derivatives (with
exception of
4 samples that have high content of this derivative).
The samples from
South (SP, MG
and RJ) are characterized by high
concentration of the canferol
derivative and the
absence of compounds C and F. The samples
from the South
region are divided into
two sub-groups: one with high concentration of the compound D
(sub-group I) and
the other with low concentration of this compound (sub-group II),
as
shown by PC1.
The samples which are not in these sub-groups
are common in
vegetation i.e. they are
all originated from the wild forest.
Bibliography:
[1]
Marcucci, M. C. (1995) Apidologie 26, 83-99.
[2]
Bankova, V.; Kujumgiev, A.; Ignatova, A.; Dyulgerov, A.; Pureb, O.;
Zamjansan, Z. (1989) Proc. Vth Int.
Conf. Chem. Biotechnol. Active Nat. Prod., 18-
23 sept., Varna, Bulgaria, vol. 2, 239-243.
[FAPESP,CNPq]